Cirurgia com Hospitalização

Foto cirurgia

As cirurgias de varizes estão cada vez menos agressivas e constituem um procedimento cada vez mais seguro.

Esta cirurgia pode realizar-se em regime ambulatório ou com internamento até 24 horas.
Durante as cirurgias fazemos geralmente um corte na virilha, no membro cuja Safena queremos extrair. Nem sempre há essa necessidade, nesses casos, ao longo da perna efectuam-se outros cortes de dimensões muito mais reduzidas, podendo estes nalgumas situações nem sequer ser necessários, pois existem casos em que é necessário apenas uma pequena incisão, com menos de 1 a 3 mm de comprimento, por onde passa um instrumento semelhante a uma agulha de crochet.

A grande maioria das varizes pode ser realizada hoje através de pequenos cortes e o tempo de internamento hospitalar raramente precisa passar de 24 horas. As varizes retiradas numa cirurgia não provocam danos à circulação, uma vez que as outras veias normais e o sistema venoso profundo normal se encarregam de garantir o fluxo de retorno.

Critérios para escolha

A cirurgia está indicada em doentes sintomáticos.

Efectua-se, sempre que comprovadamente, através de exames de diagnóstico, exista um comprometimento da função de certas veias. Ou seja, a veia já está totalmente irrecuperável.

Em que consiste?

  • As veias são previamente marcadas na pele com uma caneta especial.
  • Dependendo do estado de ansiedade do doente, pode-se usar um sedativo, e entra de seguida para sala de operações onde é anestesiado. Geralmente usa-se uma técnica de anestesia raquidiana, em que apenas a(s) perna(s) a operar é anestesiada.
  • As veias axiais, mais compridas e grossas como as safenas são retiradas com ajuda de um instrumento designado "Stripper", o qual atravessa toda a veia por uma pequena incisão na pele e é posteriormente fixado e extraído. A esta técnica chamamos "stripping", sendo a veia removida completa ou parcialmente no seu segmento comprometido.
  • No momento em que as veias foram marcadas com a caneta especial, as veias perfurantes foram marcadas com um "X" na pele. Agora, já na Sala e por uma incisão de 2-5 mm na pele, são laqueadas.
  • As veias colaterais dos grandes troncos são retirados com agulhas por incisões ou punções de 1-3 mm.
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É importante salientar que estes procedimentos não constituem uma cura definitiva para as varizes. Daquelas veias sim, mas alguns vasos que pelo seu calibre não puderam ser removidos, serão posteriormente tratados, durante as consultas de seguimento à cirurgia. A doença varicosa dos membros inferiores é recidivante.
Recomenda-se que pelo menos uma vez por ano, os doentes sejam consultados para vigilância e controlo evolutivo da doença.

Quais as vantagens?

As vantagens traduzem-se na eficácia do procedimento cirúrgico, rápida retoma da actividade e na restituição da qualidade de vida aos doentes.
Há uma importante melhoria também sob o ponto de vista estético.

Quais as desvantagens?

O tempo de recuperação, o factor internamento, ainda que por apenas 24 horas nos piores casos, e a necessidade de tempo de baixa, são apontados como os pontos mais negativos da cirurgia.

Quanto tempo preciso de ficar de baixa?

Em média duas semanas. Contudo a recuperação deve ser gradual, e neste tipo de cirurgia o repouso absoluto é contra-indicado. O doente deverá retomar a sua actividade progressivamente.

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Recomendações Após a Cirurgia

A todos os doentes que operamos, entregamos alguma documentação que os informa que em caso de necessidade, não deverão hesitar em contactar os nossos serviços, para qualquer esclarecimento e orientação.

Na perspectiva do seu Bem-Estar, e contribuir para a sua rápida recuperação, recomendamos o seguinte:

  • Devem procurar retomar a actividade diária de modo gradual e progressivo, de acordo com o limiar de tolerância à dor, e capacidade / vontade de recuperação, sem qualquer limitação. O facto de ter sido operado(a) não implica com os hábitos higiénicos, regime alimentar e mobilidade habitual, sendo desejável que se realizem com toda a naturalidade, dedicando uma atenção particular aos cuidados de higiene nas feridas operatórias.
  • Para limpeza ou desinfecção das feridas operatórias, além do banho matinal habitual, poderão utilizar soro fisiológico, água oxigenada, betadine ou qualquer outro desinfectante da pele, seguido da aplicação local de um penso rápido. Evitando a contaminação das feridas, reduzirão a probabilidade de uma eventual infecção.
  • Devem cumprir com a medicação prescrita, e usar a meia elástica ou ligadura que lhes foi aconselhada, nomeadamente durante o período de dia. Á noite, poderão retirá-la, dormindo com os Membros Inferiores ligeiramente elevados (+ - 10cm)
  • Em caso de dor, poderão tomar um analgésico e/ou antinflamatório (Ex: Nimed, Brufen, Paracetamol, Algimate 3 x /dia após as refeições).
  • Nas áreas de equimose (manchas negras), aplicar TROMBOCID gel e/ou creme, 3 – 4 vezes ao dia.
  • Nas áreas de eventual hematoma, aplicar GELO local várias vezes ao dia após aplicação de TROMBOCID.
  • Devem contactar directamente o cirurgião nas seguintes situações:
    • Aparecimento de febre;
    • Inchaço súbito do membro;
    • Dor muito intensa no membro operado.

Nesse momento, agendamos também a data da próxima consulta, e estabelecemos a hora e local para tirar pontos.